quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A Capela de S. Roque (Paderne): referências históricas e notas arquitetónicas

Capela de S. Roque (Paderne)

A Capela de S. Roque, em Golães (Paderne – Melgaço) foi construída no século XVII, mas foi reformada no século XVIII, conforme inscrição na verga do portal e reconstruída em meados do século XX. Apresenta linhas muito simples. As fachadas possuem o aparelho muito irregular, sobretudo a lateral direita, apontando para as reformas ou reconstruções que sofreu.
Existem poucas referências históricas a esta capela. A referência documental mais antiga data de 1656 e fala de uma obrigação à ermida de São Roque no lugar de Golães, a favor de Estêvão Pereira Bacelar e de sua mulher Teodora do Vale, moradores no dito lugar e Quinta de Golães, os quais se obrigam à dita capela. O ano de 1733 é a data inscrita na verga do portal assinalando a sua construção.
Em 1758, nas Memórias Paroquiais da freguesia, faz-se referência à capela de São Roque, no lugar de Golães, como tendo um só altar, onde estava a imagem do mesmo Santo, a qual administrava o senhor da Quinta. Posteriormente, procedeu-se à construção da sacristia. Em 1945, é efetuada a sua reconstrução e a respetiva data encontra-se inscrita na verga.
Esta capela apresenta uma planta longitudinal de massa simples com sacristia adossada à fachada lateral esquerda. Possui volumes escalonados e coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na capela e de uma na sacristia, na continuidade da primeira, rematadas em beirada simples.
Fachadas em cantaria ou alvenaria de granito aparente, a principal virada a sudoeste e termina em empena, com friso e cornija, truncada por sineira em arco de volta perfeita sobre pilares, albergando sino e rematada em empena, coroada por cruz latina de braços quadrangulares. É rasgada por portal de verga inscrita sobre os pés direitos, ladeado por duas frestas. Fachada lateral esquerda cega e a sacristia, terminada em meia empena, rasgada por porta de verga recta a sudoeste.

A fachada oposta, com aparelho irregular no terço superior, é rasgada por fresta na zona do retábulo-mor. Fachada posterior cega, com a capela-mor coroada por cruz latina de braços quadrangulares sobreposta por uma outra luminosa, de maiores dimensões.

Extraído de:
CAPELA, José Viriato, As freguesias do distrito de Viana do Castelo nas Memórias Paroquiais de 1758, Braga, Casa Museu de Monção / Universidade do Minho, 2005.
- www.monumentos.pt.

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