segunda-feira, 31 de julho de 2017

Gala 7 Maravilhas de Portugal - Branda da Aveleira (RTP1) - (Noite de 30/7/2017)


Veja ou reveja a Gala especial das 7 Maravilhas de Portugal, categoria de Aldeias Remotas, que consagrou Castro Laboreiro como finalista. 
Parabéns Castro Laboreiro!

domingo, 30 de julho de 2017

Gala das 7 Maravilhas - RTP1 - Castro Laboreiro (Parte da Manhã) - 30/07/2017




Castro Laboreiro em início do século XX em postal da época


Este é postal circulado com a frente preenchida por uma fotografia tirada em Castro Laboreiro, algures no primeiro quarto do século passado.
No verso, encontramos o corpo da mensagem e reparamos que foi escrita em Sabrosa, por uma filha para o pai, que se encontrava em Vila Nova de Gaia. Tem data de 19 de Setembro de 1923.


sexta-feira, 28 de julho de 2017

Branda da Aveleira e Castro Laboreiro - Pré-finalistas às 7 Maravilhas de Portugal


A Branda da Aveleira e Castro Laboreiro (Melgaço) são pré-finalistas às 7 Maravilhas de Portugal na categoria de Aldeias Remotas. A votação decorrerá na Gala de 30 de Julho de 2017 emitida em direto da Branda da Aveleira e de Castro Laboreiro  (Melgaço) na RTP1. 
VOTE NAS ALDEIAS DE MELGAÇO! 

Gala Especial de 30 de Julho

PROGRAMA DE DIA
(com transmissão em direto na RTP 1)
Local: Castro Laboreiro
Horário: 11h30-13h00 e 18h30-20h00
GALA ESPECIAL: Branda da Aveleira
Gala com transmissão em direto na RTP 1 e RTP Internacional
Horário: 21h – 23h

sexta-feira, 21 de julho de 2017

O "Nelo de Cevide", de Cristóval, e o bando das notas falsas (1931)

Cevide (Melgaço)
(Foto de Carlos Almeida) 

No início da década de trinta do século passado, o mundo vivia uma das mais graves crises económicas da História. Em Portugal, a situação é particularmente grave devido à sua crónica crise da sua débil economia que já se arrastava desde meados do século XIX. Em Melgaço, o panorama não fugia à regra e o sustento das suas gentes era assegurado por aquilo que a terra dava. Contudo, em concelhos de fronteira como este, o contrabando, a emigração ilegal, entre outras atividades ilícitas complementavam o rendimento das famílias.
Em Março de 1931, os jornais falam-nos de uma rede organizada que atuava em Melgaço e noutros concelhos da região. O grupo auxiliava emigração ilegal, praticava contrabando e falsificava moeda estrangeira.
De facto, na imprensa falava-se que já havia muito tempo que na região se vinham notando manobras suspeitas de um grupo de indivíduos, que se dedicavam a negócios pouco claros, entre os quais se destacavam a sua atividade na emigração clandestina. Havia um homem, que tinha sido preso havia muito pouco tempo chamado António, morador na localidade galega de Orden, a quem se conhecia pela alcunha de “Doctor Judice”, do qual se falava como sendo um falsificador, que fazia parte deste grupo.
Outro dos que pertencia a este bando era um sujeito chamado António, morador na localidade galega de Mañufe, que esteve envolvido na falsificação de papel timbrado e selos brancos do Consulado dos Estados Unidos da América, na cidade do Porto.
Também pertenciam a esse grupo outro dois moradores em Pias, no concelho de Monção, além de um homem chamado Manuel Guerreiro, conhecido como o Nelo de Cevide, residente no citado lugar da freguesia de Cristoval, concelho de Melgaço. Além deste, e para fechar o grupo, falta referir um sujeito conhecido como o Brito, morador em Friestas e outros não citados nas ditas notícias.
Falava-se que estes sujeitos levantavam muitas suspeitas já que costumavam aparecer na feira de Monção, gastando dinheiro em grande quantidade, oferendo almoços e copos aos amigos que encontrassem, sem olhar a despesas.
Na época, dizia-se que o auxílio à emigração clandestina já não dava grande lucro a estas redes. Por isso, este grupo lançou-se na atividade de falsificação de moeda. O tal Brito de Friestas terá sido responsável por pôr a circular em Valença notas de cem mil réis brasileiros em Valença. Esta operações eram praticadas em coordenação com o resto do grupo, realizando várias viagens a Vigo e chegando a levantar suspeitas às autoridades. As forças policiais portuguesas e espanholas já estariam muito atentas às movimentações do grupo com vista a desmantelá-lo. Isso é confirmado pela busca que tinha sido feita, pela Guarda Nacional Republicana, no lugar de Cevide (Cristóval - Melgaço) à casa de Manuel Guerreiro, o Nelo de Cevide, com ordens para o prender. Contudo, nesse dia o Nelo tinha ido à feira à vila dos Arcos de Valdevez. Todavia, alguém conseguiu avisar o Nelo de Cevide do sucedido já que o mesmo não regressou a casa e andou escondido durante uns dias, temendo pela sua preciosa liberdade. Parece que não terão encontrado nem sinal do dinheiro falso em sua casa em Cevide e então as autoridades viraram as sua atenções para Paredes de Coura, onde o sujeito espanhol conhecido como o “Doutor Judice” tinha uma casa, pertinho do rio.
Contudo, no dia 16 de Março de 1931, o Manuel Guerreiro, o Nelo de Cevide, entrega-se às autoridades em Melgaço e terá confessado os crimes de tráfico de notas falsas e terá implicado os outros membros do bando. Havia também rumores que um sujeito conhecido como o Manolo de Pias (Monção) estaria em vias de se entregar às autoridades espanholas.

A rede seria totalmente desmantelada pouco tempo depois.

Informações extraídas de: 
- Jornal "El Pueblo Gallego", edição de 17 de Março de 1931.

Página com a notícia citada (clique para ampliar)

segunda-feira, 17 de julho de 2017

A emigração e o contrabando em "Para além da fronteira"


Este é um documentário realizado durante a Residência Cinematográfica Plano Frontal, orientada por Pedro Sena Nunes, no âmbito do FILMES DO HOMEM 2015, Festival Internacional de Documentário de Melgaço.
Sinopse
Neste documentário, Maria Emília, melgacense ex-contrabandista, desvenda o susto de que se livrou graças a um guarda fiscal. Durante quinze anos, mesmo enquanto grávida, Emília atravessou a fronteira entre Portugal e Espanha, contrabandeando géneros alimentares para subsistência, para vender no seu café e porta-a-porta. Ao longo do tempo, depois do contrabando, a vida de Emília foi se moldando à nova realidade. O perigo acabou, dando lugar à tranquilidade. Sobrando apenas as memórias do contrabando que, de vez em quando, lhe vêm à memória enquanto trabalha no campo. O contrabando é revisto numa viagem como uma memória explorada pelas suas palavras e reencontros inesperados que resultam de encontros inesperados.
Ficha técnica
Realização: José Santos
Direção de fotografia: Fernando Bento e José Santos
Direção e captação de som: Carlos Neves
Participantes: Maria Emília Domingues, Manuel da Cunha Machado Coelho, Nuno Domingues, Manuela Domingues Coelho, Dinis Domingues Machado, Martim Vilaboa Coelho e Rui Faria.
Fonte: Lugar do Real (em http://lugardoreal.com/video/para-alem-da-fronteira)

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Melgaço e Arbo - dois povos irmãos


Em Julho de 1965, o jornal galego "El Pueblo Gallego" publica um texto sobre Melgaço e as suas gentes. Descreve-as como gente simples, cheias de fé e defensoras acérrimas das suas tradições e costumes e não esquece a proximidade com as gentes do outro lado do rio. Nele, pode ler-se:

"Melgaço y Arbo - Dos pueblos ribereños y unidos

A orillas del Miño, entre campos verdes, com maiz, coles, pequeños boscajales de naranjos y sobre todo, los viñedos. Estamos en Melgaço. Parece un centinela custodiando al Miño. Es una bella ciudadela com su mirador en matacan y su sensilla y bella iglesia parroquial.
Melgaço es un localidad deliciosa, com los caminos bordeados de cerezos y sus verdes y escarpadas orillas, donde matan al tiempo los pescadores de lamprea y a veces - las más - hablan com sus colegas de la outra orilla, los no menos famosos pescadores de Arbo.
Las gentes de Melgaço son sensillas y amables, con una fe religiosa y una tradicion costrumbista admirable. Las ruínas de las antiguas fortificaciones dan a la localidad una vieja historia y un sabor de siglos. En su verde campiña esta la ermita de la Divina Pastora, venerada imagen primorosamente tallada en madera y a quien la gente del campo profesa particular devocion.
La villa de Melgaço es, segun los historiadores, un antiguo castro romano. Su geográfica situacion estratégica le dan condiciones inigualables. En el año de 1808, los habitantes de Melgaço combatieron heróicamente contra las fuerzas napoleónicas, siendo la primera villa ribereña al Miño que logró expulsar de su término a los franceses.
Melgaço y Arbo, por su proximidad y por muchas cualidades afines, son dos villas intimamente unidas, para las cuales el Miño no significa una separacion, sino un lazo de unión que los estrecha. En las fiestas patronales de ambas localidades, viven hermanados los habitantes de los dos pueblos, y quando la lamprea es un motivo de trabajo y de festejo, la vieja hermandad vuelve a quedar de patente manifesta.”

Página do jornal citado. (Clique para ampliar)


Extraído de: Jornal “El Pueblo Gallego”, edição de domingo, 27 de Junho de 1965

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Vídeo da Romaria da Senhora da Peneda em 1963



Este vídeo mostra-nos raras e valiosas imagens da Romaria da Nossa Senhora da Peneda (Gavieira - A. de Valdevez) em Setembro de 1963. É pena ser um filme mudo mas a sua observação permite-nos comprovar o aspeto singular desta romaria. É certamente uma das maiores e mais bonitas romarias do Minho e de todo o Portugal!!!