sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Viagem ao Convento de Paderne em fotos pelo século XX



Desconhece-se a data exata da fundação do Mosteiro de Paderne. Sabe-se contudo que será mais antigo que a independência da nação portuguesa. Na sua origem seria uma comunidade feminina, antes de ser exclusivamente masculina e pertencente aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. A extinção da comunidade monástica ocorreu em 1770 e aquelas pedras guardam segredos da sua longa História que importa perpetuar.
Hoje proponho-vos uma viagem por uma coleção de fotografia da igreja e convento de Paderne de várias épocas ao longo do século XX. 

(Clique nas imagens para as ampliar)




Feira em Paderne em inícios do século XX (postal da época)

Convento de Paderne em postal circulado em 1907

Convento de Paderne em postal circulado de 1914
(Ilustração pintada sobre fotografia)


Fachada da Igreja do Convento de Paderne (Melgaço) em 1916.
Esta foto consta na capa da publicação "Ilustração Catholica", ligada à diocese de Braga na edição de 14 de Outubro de 1916 , nº 172.

Igreja do Convento de Paderne (Melgaço), em 1918
Cliché de Marques Abreu.
Livro "Arte Românica em Portugal"
Pórtico e fachada na Igreja do Convento em 1918
Esta foto consta do livro "Arte Românica em Portugal". 
Cliché da autoria de Marques Abreu.

Pórtico principal da Igreja do Mosteiro de Paderne, Melgaço, em 1918
Cliché de Marques Abreu.
Fonte: Livro "Arte Românica em Portugal".

Igreja e Convento de Paderne algures na década de 1920
(Arquivo Municipal de Melgaço)

Igreja do Convento de Paderne em postal da década de 1920

Igreja e convento de Paderne em 1932
(Arquivo Municipal do Porto)

Igreja e convento de Paderne em 1932
(Arquivo Municipal do Porto)

Claustro do Convento de Paderne em 1932
(Arquivo Municipal do Porto)

Porta lateral da igreja de Paderne em 1932
(Arquivo Municipal do Porto)

Igreja do antigo Mosteiro de Paderne (Melgaço), por volta de 1940.
Fonte: Espólio Cassiano Branco (Arquivo Municipal de Lisboa).

Igreja de Paderne por volta de 1940.
Fotografia que preenche a frente de um postal da autoria de Foto Pires.

Igreja de Paderne na década de 1940.


Mosteiro de Paderne por volta de 1950
Fotografia que preenche a frente de postal da autoria de Foto Pires


Igreja do Convento de Paderne (Melgaço) em 1954.
Foto de Mário Novais

Pórtico Principal da Igreja do Convento de Paderne (Melgaço) em 1954.Foto de Mário Novais


Fachada frontal secundária da Igreja do Convento de Paderne (Melgaço) em 1954.
Foto de Mário Novais

Pórtico da Igreja algures na 2ª metade do século XX


Igreja de Paderne em postal dos anos 70.

Igreja de Paderne em postal dos anos 90

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Sobre crenças antigas das gentes de Melgaço há 100 anos atrás




Foi no início do século XX que se fizeram algumas das mais importantes recolhas da tradição oral das gentes de Melgaço, sobretudo da autoria de José Leite de Vasconcelos. Alguns destes estudos debruçam-se sobre as crenças antigas e rituais para s mais variadas situações do quotidiano. 
Por exemplo, era comum na época, na nossa terra, a crença de que as crianças, quando ainda estavam por baptizar, se encontrarem em perigo, acrescendo o perigo quando saem de casa. Dizia-se que quando os meninos estão por baptizar e andam ao collo da mãe, é preciso pôr-lhes atravessados no braço as calças do pae, para as bruxas os não levarem”. O estado de “excecionalidade” destas crianças colocam-nas em situações de risco muito graves. “Neste estado de desgraça ficam mais sujeitas a sofrer acções sobrenaturais e outros males. As mães devem pôr debaixo do travesseiro uma meada de linho ou estopa, sem cozerem, quer dizer, sem ser fervida [porque se ferve a meada com cinza-barrela, para ganhar a cor branca], a fim de evitar que as bruxas ou o Inimigo lhes façam mal” (VASCONCELOS, J. L., 1985). Segundo a crença religiosa cristã, a criança nasce com o pecado original desaparece com o batismo, daí o facto de as crianças nesta época serem batizadas, geralmente, nos dias seguintes ao seu nascimento. Havia o receio de que morressem em pecado.
Leite de Vasconcelos ouviu em Prado, neste concelho de Melgaço, falar em «más vistages que fazem mal à gente» e de más olhadas, dadas por gente que tem vista fina, que quebra vidros. Para talhar ou cortar uma olhada ruim, que causa dor de cabeça, pega-se em areia de sal virgem (que não serviu) e, benzendo o doente, diz-se:
Dois olhos me feriram,
E quatro me sararão
Dois sejam de Nossa Senhora:
E dois de S. João.
Pela graça de Deus e da Virgem Maria
Um padre-nosso e uma ave-maria.”
(VASCONCELOS, JL, 1985)
Voltando às fadas, Leite de Vasconcelos também nos diz que “em Melgaço, lava-se a criança, pela primeira vez, com água em que se deita prata ou ouro (um anel, por exemplo) e diz-se:
Boas auginhas te lavem,
Boas fadas te fadem,
Pela graça de Deus e da Virgem Maria Nossa Senhora”.
No concelho de Melgaço, faziam-se também os chamados "batizados na barriga". Levavam a mulher para debaixo de uma ponte que tenha nome de santo, antes da meia-noite, e a primeira pessoa que passar a ponte depois da meia-noite, ainda que seja o Diabo, é obrigada por bem, ou à força, a fazer o baptismo, que consiste em deitar água do ribeiro ou rio que passa sob a ponte na barriga da mulher com um púcaro de barro vidrado, novo, que se enche de cima da ponte, atado a um cordão (as mulheres desapertam a blusa, deitando-se-lhes a água por aí, ou abaixavam um pouco a saia na cinta, mostrando um pouco do ventre, ou ainda levantam a saia, lançando-se-lhes então a água por baixo), e dizendo as seguintes palavras: «Eu te baptizo com a água do rio em nome do Padre e do Filho». Depois disso, à pessoa que fez o baptismo, é servido vinho e comida com muitas tostas até que não queira mais. A pessoa que faz este baptismo é também a que depois vai servir de padrinho, na igreja (VASCONCELOS, JL, 1985).
Na época, havia na freguesia de Paços, um homem chamado Manuel Afonso, nascido em Castro Laboreiro, conhecido como o “Sábio de Vila Draque”. Conforme o registo de Leite de Vasconcelos, o «Sábio de Vila Draque» curava certas doenças pegando num pedacinho de aço, posto em cruz na casa, ou na cama sobre o doente, e dizendo a seguinte oração: «Ó aço, que picaste em terra, sirvas para benefício da minha casa! Deixa este corpo são e salvo!». Acrescenta o mesmo autor que o «bruxo» possuia «um pedaço de aço de três pontas que mandou fazer a um ferreiro e benzeram-lho num convento». (VASCONCELOS, JL.,1985).
Há um século atrás, ouvia-se falar também de ensalmos para talhar o ar sendo que o investigador descreve-nos como se proceder para levar a cabo um ritual:
Toma-se sal virgem (que nunca tenha servido), e com ele na mão, fazem cruzes sobre o rosto do paciente, dizendo:
Talho mau ar,
Corrimento [dos ventos]
E tolhimento
Bota-te fora deste corpo,
Vai-te para o mar coalhado:
Ar de vivo,
Ar de morto,
Ar de excomungado,
Ar de empecimento
E ar de inveja,
Q’antas calidades d’ares
Possa haver e empecer,
Eu te desconjuro
Para o mar coalhado.
Deixa este corpo
São e salvo
Como na hora
Em que foi nado.
Deita-se o sal em cruz para trás das costas do doente e para os lados. Toma-se mais sal miúdo e coloca-se com cuspo na testa, queixo e fontes, dizendo, simultaneamente:
Nada tirei,
Mezinha farei
Pela graça de Deus e da Virgem Maria”.
Num tempo em que as crenças ocupavam um lugar muito importante na vida das gentes, existiam também rituais para desmanchar um feitiço. Para tal, tomava-se um quartilho de azeite, benzido por um padre que não seja amante de mulheres e o indivíduo com feitiço vomita-o imediatamente (recolha feita em Melgaço em 1918). Para se saber se alguma pessoa tem quebranto, deitam-se três pingos de azeite em água: se o azeite se espalhar tem, se ficar junto não tem.
Uma outra crença da época em terras de Melgaço estava ligada a “encomendar ou  aumentar as almas” e consistia em ritual no qual se lembravam os nomes das almas para as encomendar a Deus. A encomendação é realizada dentro de um signo-saimão (parecido com uma estrela de cinco pontas, para o operador não ser tentado pelo Diabo, concluindo a cerimónia com a exclamação: «Peço um Padre Nosso e uma Ave Maria por todas as almas em geral que estão nas penas do purgatório», seguida da respetiva recitação em voz muito alta. Em Castro Laboreiro, consoante informação que deram ao antropólogo José Leite de Vasconcelos, um homem ia (às quartas e sextas-feiras, de noite) a um lugar ermo e alto, armado, «por causa das coisas más», desenhava um signo-saimão no chão (parecido a uma estrela de cinco pontas), de modo que uma árvore ficasse no meio dele, subia a ela e, em voz fúnebre, entoava um cântico religioso, com o qual provocava medo a quem o ouvisse.
E muitas mais crenças ficam por contar…


Informações extraídas de:
- MARQUES, Alexandre da Silva (2014) – Lugares da Memória – A Ponte da Mizarela. Instituto de Ciências Sociais; Universidade do Minho, Braga.
- VASCONCELOS, José Leite de (1985) – Etnografia Portuguesa. Volume III, Tradições Portuguesas.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Melgaço no "Paíz dos Conspiradores" (1911)




Após a implantação da República a 5 de Outubro de 1910, muitos opositores ao novo regime político refugiaram-se no norte do país onde a simpatia para com a Monarquia era um pouco maior. Nas fronteiras do Minho e Trás os Montes, a perseguição aos monárquicos estendeu-se por vários anos. Alguns refugiaram-se na Galiza, havendo boatos que estariam a preparar uma invasão para restabelecer a Monarquia. As fronteiras de São Gregório e Castro Laboreiro eram dois pontos onde se suspeitava que os opositores ao regime republicano pudessem atravessar a fronteira.
Bem sintomática é uma reportagem publicada na revista “Ilustração Portugueza”, na edição de 3 de Julho de 1911, intitulada “No Paíz dos conspiradores”, referindo-se assim à fronteira do rio Minho entre S. Gregório (Melgaço) e Caminha, que inclui várias fotografias de S. Gregório.

Excerto da fotoreportagem "No Paíz dos Conspiradores",
in: "Ilustração Portugueza", edição de 3 de Julho de 1911.

Havia jornais e outras publicações que referiam Melgaço como sendo um dos pontos fronteiriços onde havia células de resistentes à República e que articulavam com os monárquicos refugiados na Galiza. Havia por aqui, segundo algumas fontes, depósitos de armas escondidas. Isso é-nos mostrado numa publicação da época afeta aos republicanos, “O Carbonário”, na sua edição de 2 de Julho de 1911, onde é citado o depoimento de um tal Botelho de Sousa que terá conhecimento de apreensões de armas na Galiza para serem passadas para Portugal e outro armamento que terá mesmo conseguido passar a fronteira. Essa apreensão teria sido feita por republicanos espanhóis. O mesmo Botelho de Sousa refere que se não fosse a sua vigilância aturada, todo esse armamento tinha passado a fronteira, como estou convencido que passaram outras remessas numerosas, que a esta hora estão acoitadas em logar seguro”. Então, o jornalista pergunta: “Em que região?” Botelho de Sousa esclarece: Em várias... Mas, estou convencido de que, se procurarem em Suajo, Peso de Melgaço e Monsão, lá encontrarão alguma cousa...”.
Nesta altura, a caça aos inimigos da República também passou por Melgaço. Como se vê, havia boatos na imprensa que nas Termas do Peso se encontravam indivíduos afetos à causa monárquica que importava neutralizar. No “Jornal do Commercio”, na sua edição de 20 de Maio de 1911, podemos ler uma notícia da prisão de um suposto monárquico no Hotel Ranhada. A notícia diz o seguinte: “No Hotel Ranhada do Peso, foram presos por uma força da Guarda Fiscal, comandada pelo Tenente Lebre, e conduzidos à administração do concelho, José Bentes Pereira, grande capitalista portuense, e seu sobrinho, quintanista de Direito da Universidade de Coimbra.
Deu lugar à prisão daqueles dois cavalheiros a singular ideia de que conspiravam contra as instituições actuais.
Após troca de telegramas entre o administrador do concelho e o governador civil de Viana do Castelo, foram aqueles cavalheiros postos em liberdade, ficando assim estabelecida a certeza de que a sua estadia nas Águas do Peso em nada se prendia com conspiratas.
Alguns dos senhores republicanos são mais papistas que o Papa. Em todos, ainda nas pessoas mais inofensivas, vêem conspiradores e daí os vexames que lhes infligiram, que afinal resultam em verdadeiros fiascos.
José Bentes Pereira, um homem da mais alta consideração, chegou já a sua casa do Bom Jesus do Monte”.


Estes boatos que apontavam para uma conspiração ao regime republicano e uma invasão a partir das fronteiras do Minho nunca se concretizaram. Algumas destas notícias fazem parte de uma intensa propaganda do novo regime republicano contra os partidários do causa monárquica. As únicas incursões monárquicas realizaram-se a partir da fronteira transmontana entre Chaves e Bragança entre 1911 e 1912.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

As Águas de Melgaço nos anúncios dos jornais de inícios do séc. XX




Foi no último quarto do século XIX que foram descobertas as propriedades curativas das Águas de Melgaço. Logo em 1884, ano da descoberta das águas, houve um requerimento pedindo o aproveitamento e exploração das “águas alcalino-gasosas”, sendo em 1885 o início do processo de engarrafamento. Tal é feito, numa primeira fase, numa casinha de madeira, construída para abrigo e comodidade dos aquistas na nascente. A partir de 1888, esta água, já conhecida por tratar doenças do foro digestivo e a diabetes, passou a ser engarrafada no próprio local e exportada em garrafa para vários pontos de Portugal e do mundo, nomeadamente para Espanha, as antigas colónias portuguesas e o Brasil. Podemos comprovar que no jornal galego, “Crónica de Pontevedra”, na sua edição de 31 de Agosto de 1888, onde se lê que as Águas de Melgaço eram engarrafadas e vendidas em várias farmácias ou drogarias galegas em Baiona, Vigo ou Gondomar. O engarrafamento era realizado pelo farmacêutico Domingos Ferreira de Araújo, proprietário da farmácia “Ferreira de Araújo”, que ficava na vila de Melgaço. Ele próprio as certificava e garantia a sua qualidade. Podemos ver tal informação neste recorte do jornal:
De utilidad
Aguas ferruginosas-alcalino-litiníferas de Melgazo, Alto Minho (Portugal). Segun el análisis de estas aguas, reconocido por el Doctor D. Antonio Casares, distinguido quimico de Santiago, se vé claramente que son muy útiles en las dispepsias y otros padecimentos del estomago, en las afecciones del higado, vegiga, etc., sustituyendo por esto com ventaja á las de Mondariz.
Se venden embotelladas recientemente por el farmaceutico de Melgazo D. Domingos Ferreira de Araujo,  en las farmacias de los Srés. Espinosa, en Gondomar, y del Rio Gimenez, en Bayona, y en la Drogueria de los Sres. Bermejo Perez y Puente, en Vigo.
Estas botellas llevan el nombre impresso del farmaceutico de Melgazo, para evitar falsificaciones.”


Por esta altura, as Águas de Melgaço eram já vendidas para todo o país em grandes quantidades havendo entrepostos de distribuição em todas as grandes cidades do país. Neste anúncio publicado no jornal melgacense "Espada do Norte", na sua edição de 29 de Dezembro de 1892, podemos ler sobre as suas caraterísticas e prescrições, além e informação do seu ponto de distribuição na cidade do Porto na época. Temos também a informação que era vendida em todas as farmácias.



A confiança nas Águas de Melgaço era que, até alguns dos médicos mais respeitados da época, através de estudos e análises químicas da água, faziam propaganda, para que os doentes tratassem seus problemas no banho ou no consumo direto. Como diz Edmundo Lopes (1949), as águas do Peso (Melgaço), “são, na verdade, excelentes agentes medicamentosos. Nenhuma conhecemos que exerçam em mais alto grau uma acção nitidamente específica sobre o metabolismo hidrocarbonado e certas formas de hepatismo”. Eram indicadas para o tratamento do “diabetes, padecimentos de estômago, intestinos, fígado, rins e bexiga”, como aparece anunciado no Jornal “Diario Illustrado”, na sua edição de 2 de Agosto de 1902, em Lisboa.

A água de Melgaço podia ser bebida simples ou então misturada com leite ou vinho. Podemos ver num anúncio do jornal "Diário Illustrado", na sua edição de 24 de Abril de 1908, onde se publicita um Vinho Verde Branco que dizem ser o ideal para misturar com as Águas de Melgaço:

Na viragem do século, uns anos antes, mais concretamente, em Setembro de 1899, é publicado um anúncio no Diário de Notícias que é hoje de grande interesse relativo às Águas de Melgaço e aos Hotéis do Peso. Por essa altura, o Porto e outras cidades portuguesas estavam a sofrer um surto de peste bubónica que estava a provocar elevada mortalidade, estando Melgaço a salvo desta epidemia. Então, os donos dos hotéis do Peso mandam publicar o seguinte anúncio:
Águas de Melgaço
Em vista da satisfação com que os aquistas de Lisboa e outros pontos do país aqui se demoram, reputando esta estância como um verdadeiro sanatório que é, os proprietários do Hotel do Peso resolveram conservá-lo aberto até meado do mês de outubro, servindo como lugar de refúgio aos receosos de contágios “ (Diário de Notícias, 12/09/1899).

Desde a viragem do século XIX para o século XX, a exportação das Águas de Melgaço para o Brasil cresce de uma forma muito significativa. Tal pode ser comprovado na quantidade de publicidade que encontramos em variada imprensa de diferentes regiões de Brasil dos quais selecionei alguns que aqui se partilham:
- Anúncio das Águas de Melgaço no "Jornal do Commercio" (Rio de Janeiro) na edição de 29 de Janeiro de 1911:

- Anúncio das Águas de Melgaço e Vidago no "Correio da Manhã" (Rio de Janeiro) na edição de 16 de Maio de 1911:

- Anúncio das Águas de Melgaço no "Jornal do Commercio" (Rio de Janeiro) na edição de 25 de Março de 1912:

- Anúncio das Águas de Melgaço no "O Imparcial" (Rio de Janeiro) na edição de 29 de Abril de 1915:

- Anúncio que faz referência à oferta de uma caixa de Águas de Melgaço para um sorteio de beneficência no jornal "O Estado do Pará" (Pará) na edição de 5 de Dezembro de 1915. No anúncio, cita-se que no estado do Pará (Brasil), o consumo das nossas águas era muito significativo:

- Um outro anúncio que faz referência à oferta de uma outra caixa de Águas de Melgaço por parte de uma firma chamada Pires Teixeira & Cia. para um sorteio de beneficência no jornal "O Estado do Pará" (Pará) na edição de 5 de Dezembro de 1915:

- Anúncio das Águas de Melgaço no jornal "A Noite" (Manaus) na edição de 5 de Agosto de 1916:

- Anúncio das Águas de Melgaço no jornal "O Imparcial" (Rio de Janeiro) na edição de 3 de Agosto de 1917. Aqui chama-se à atenção que esta água é eficaz nas doenças de rins além da diabetes:

- Anúncio das Águas de Melgaço no jornal "A Província" (Recife) na edição de 15 de Janeiro de 1921:

- Anúncio das Águas de Melgaço no jornal "Diário do Pernambuco" (Pernambuco) na edição de 11 de Maio de 1915:

Além da forte aposta na exportação para o mercado brasileiro, as Águas de Melgaço eram também vendidas para as antigas colónias, algo que se pode comprovar pela presença assídua na publicidade de publicações como a "Portugal Colonial", distribuída nos antigos territórios ultramarinos. Aqui se apresenta um extrato de um anúncio das Águas de Vidago, Melgaço e Pedras Salgadas. O slogan publicitário das Águas de Melgaço apresentado é o conhecido "A salvação dos diabéticos" (in: Portugal Colonial, edição de Junho/Julho de 1932):