No século XIX, o admirável escritor de novelas Camilo Castelo
Branco, profundo conhecedor do Minho e das suas gentes, no seu livro Brasileira dos Prazins (livro de 1882), referindo-se
a factos ocorridos por volta de 1845, conhece a raça, e eterniza-a,
enaltecendo as suas qualidades de guarda e de fidelidade aos donos:
“…As coronhadas e as intimações ameaçadoras repetiam-se.
Uma algazarra de Inferno. Vozes roucas pediam machados e ferros do monte. A
Senhorinha, muito esganiçada, expectorava agudos ais na cozinha; não acertava a
enfiar o saiote pelo direito. Os cães de Castro Laboreiro, muito ferozes,
arremetiam às portas com a dentuça refilada. Porcos grunhiam dando bufidos
espavoridos. A moça dos recados chamava a sua Mãe Santíssima e a alma da tia
Jacinta do Reimundles, que estava inteira na igreja…”
Caro senhor,
ResponderEliminarObrigado por ter transcrito o meu parágrafo sobre os cães de Castro.
AR