Em 1817, estávamos no reinado de D. João VI, que ainda permanecia no Brasil. Nessa época, na freguesia de Chaviães, os fregueses estão descontentes com o sino da igreja e decidem pedir ao rei que lhe concedesse uma esmola para comprar um novo.
Assim, no dia 10 de Junho desse ano, o pároco Manuel Diogo Alves de Abreu e fregueses lavram um documento a expor a situação ao monarca. Afirmam os fregueses que “precizam de um sino porque o que tem he insipido e fraco e não se ouve pela Igreja”.
Sabendo o povo de Chaviães que o rei “tem dado às mais igrejas” idêntica ajuda, resolvem pedir diretamente a S. Majestade “se digne mandar dar hum sino aos suplicantes para a sua igreja que se ouça pela igreja por cuja graça e esmola rogarão pelos aumenttos de vida de Vossa Magestade e do seu reinado”
No texto integral do requerimento do pároco e fregueses de Chaviães, pode ler-se:
Senhor,
Dizem o Reverendo Pároco e freguezes da Parochial Igreja de Santa Maria Magdalena de Chaviães do Termo de Melgaço: que requereram a Vossa Majestade lhe fizesse a graça de lhe mandar dar huma esmola para alguns preparos da sua igreja; em consequência dos suplicantes pagarem a 3ª dos dízimos a Vossa Majestade cujo requerimento foi servido mandar informar pelo seu Provedor; que deu, e informou a necessidade dos suplicantes; e que se faziam dignos da compaixão de Vossa Majestade - até ao prezente nada rezultou; e porque Vossa Majestade tem dado às mais igrejas; e precizam de um sino porque o que tem he insípido e fraco e não se ouve pela Igreja portanto:
se digne mandar dar hum sino aos suplicantes para a sua igreja que se ouça pela igreja por cuja graça e esmola rogarão pelos aumenttos de vida de Vossa Magestade e do seu reinado.
Como Procurador,
O Padre Manuel Diogo Alves de Abreu.
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