"Castro Laboreiro,
17 de Julho de 1976"
« (…) Teimo, portanto, nestas visitas, mesmo que de
progressivo desencanto. Tenho como verdade de fé que o homem há-de acabar por
reagir contra a massificação planetária em que vai embarcado. A razão e o
instinto hão-de acabar por dizer-lhe que todas as flores artificiais do nosso
mundo plástico não valem um lírio dos campos, que todas as químicas
laboratoriais não valem a fermentação dum carro de estrume, que todos os apitos
imperativos do progresso não valem o som cordial dum chocalho. Nessa hora
redentora, que não deve tardar – e, quanto mais tardar, pior -, estes
santuários serão redescobertos, reconstruídos e dignificados. De aí que eu
sofra mas não desanime a vê-los desmoronar. A minha esperança está nos
alicerces.»
Miguel Torga, Diário, vol.
XII.
Miguel Torga, Diário, vol. XII.
Coincido con Torga totalmente. Conocín Castro Leboreiro a comenzo da década dos setenta do s. XX e visiteiro varias veces dende entón. Verdadeiramente non foi a mellor, en especial neste último golpe de suposto progreso, que tamén alá chegou a burbulla immobiliaria que pode, no futuro, ser causa de mesmo decadencia turística e ambiental, inda que non todo se fixo mal, como a remodelación do vello castelo.
ResponderEliminarAínda esta a tempo de conservar e progresar, pois goza dunha paisaxe inigualable.
F. Nogueira