(Pequeno extrato do documentário "Raízes")
“Raízes” é uma representação alegórica da vida e da morte numa comunidade
neolítica. A história ilustra o início do sedentarismo num período onde o ser
humano ainda vive numa dependência harmoniosa com a natureza, da qual depende
para sobreviver.
Em Castro Laboreiro, há pastores, caçadores, agricultores
rudimentares. Há um grande espírito de solidariedade no grupo e todos dependem
do esforço dos outros para sobreviver. Um dia Ancu, um importante caçador da
tribo, morre. Toda a actividade cessa para dar início à preparação da passagem
de Ancu para um outro mundo, espiritual.
A curta-metragem é uma obra de ficção, com cerca de 40 minutos de duração,
inspirada no Neolítico e no Planalto de Castro Laboreiro. Realizada por Carlos
Ruiz, foi promovida pela ADERE - Peneda-Gerês, em parceria com o Instituto da
Conservação da Natureza e Biodiversidade/ Parque Nacional da Peneda-Gerês e com
a Câmara Municipal de Melgaço. Foi produzida no âmbito do projecto Gestão
e Dinamização da Visitação no PNPG, co-financiado pelo Programa Operacional
Regional do Norte (ON2).
O seu realizador Carlos Ruiz, descreve a sua obra:
O seu realizador Carlos Ruiz, descreve a sua obra:
"A vida. O nascer e o pôr-do-sol. O crepúsculo. A noite. A morte. O
ciclo da vida, das estações do ano, do calor, do frio, dos ventos, das flores
primaveris, dos nevoeiros outonais. “Raízes” é um filme de uma época passada.
Incide sobre uma comunidade que vive na zona montanhosa de Castro Laboreiro e
que, devido a um acontecimento marcante no seio da comunidade, vai começar uma
longa caminhada até ao Planalto de Castro Laboreiro. O filme pretende retratar
a vida, o nascimento e a morte, a relação profunda com a natureza, as
dificuldades do ser humano na esplêndida mas agreste paisagem de Castro
Laboreiro, num ciclo que nunca acaba.
Para a preparação deste filme deparámo-nos com muitas dificuldades. A
informação relativa a esta época (Neolítico) é escassa. Como se vestiam, como
interagiam uns com os outros? Como seriam esteticamente? Como falavam? Durante
semanas, tivemos várias conversas e discussões com especialistas e consultores.
Fizemos muitas interrogações, muitas perguntas. Questionámos tudo. Fizemos
testes de vestuário, testes de caracterização de personagens. Mas quisemos
fazer mais. Mais do que um grupo de pessoas em busca de um objectivo. Quisemos
dar corpo e nome a cada um, dar-lhe uma constituição própria e um papel
individual no grupo. Quisemos criar uma história que representasse a vida e a
morte no neolítico em Castro Laboreiro, com personagens, locais, rituais. Quisemos
produzir um filme que nos levasse a pensar no que mudou e no que se mantém, na
nossa relação com a natureza e com os outros indivíduos."
Extraído de:
- http://carris-geres.blogspot.pt/2010/02/raizes-vida-e-morte-no-planalto-de.html
-http://mdds.culturanorte.pt/pt-PT/exposicoes_eventos/Eventos/ContentDetail.aspx?id=624
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