No livro "Poetas Minhotos", de 1893, encontramos um poema com uma curiosa referência ao Presunto de Melgaço. O soneto diz o seguinte:
"Aquella Rosa branca, a flor mais
viva
Dos jardins olorosos de
Granada,
Já não parece a flor enamorada,
Triste por viver só, viver
captiva.
Outrora, em seu mirante, pensativa,
Muitas vezes a luz da madrugada
A via entre boninas, enlevada,
Nos sons d'uma guitarra fugitiva.
Agora, a Beatriz do Poeta abstruso,
A Elleonora das canções do Tasso,
A Nathercia gentil do cantor
luso,
Sol perdido em nevoeiro
escuro e baço,
A citharas prefere a roca e o
fuso,
Aos meus cantos, presuntos
de Melgaço!"
De João Penha.
Extraído de: PIMENTEL, Alberto (1893) - Poetas do Minho. "Livraria Escolar de Cruz" Editores, Braga.
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