(meados do século XX)
Castro Laboreiro, 22 de Setembro de 1949 — “Deve-se encher os olhos da mesma paisagem tantas vezes
quantas forem necessárias para que ela seja dentro de nós um cenário
quotidiano. Só assim cada acidente dela, animal, vegetal ou mineral, terá nos
sentidos aquela morada íntima, inefável, onde de vez em quando a nossa própria
alma é conviva. Imagens que nos lembrem sem querer, como trechos de Bach ou de
Beethoven, e que encham a nossa solidão pela vida fora.”
Extraído de:
- TORGA, Miguel (1949) - Diário V in: Diários, Vol. V a VIII, Edições D. Quixote, 5ª edição.
Sem comentários:
Enviar um comentário