quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Castro Laboreiro, 1949 - Palavras de Miguel Torga escritas em terras castrejas

Vista parcial sobre as ruínas do castelo em Castro Laboreiro 
(meados do século XX)

Castro Laboreiro, 22 de Setembro de 1949 — “Deve-se encher os olhos da mesma paisagem tantas vezes quantas forem necessárias para que ela seja dentro de nós um cenário quotidiano. Só assim cada acidente dela, animal, vegetal ou mineral, terá nos sentidos aquela morada íntima, inefável, onde de vez em quando a nossa própria alma é conviva. Imagens que nos lembrem sem querer, como trechos de Bach ou de Beethoven, e que encham a nossa solidão pela vida fora.”

Extraído de:
- TORGA, Miguel (1949) - Diário V in: Diários, Vol. V a VIII, Edições D. Quixote, 5ª edição.

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