No artigo de hoje, o blogue presta homenagem aos valentes soldados naturais de Paderne, deste concelho de Melgaço, que combateram nas trincheiras de França na 1ª Grande Guerra. Dos mais de 70 homens que partiram de Melgaço para a guerra em 1917, 14 eram naturais desta freguesia de Paderne. Destes homens, 3 deles faleceram na guerra (António Alberto Dias, do lugar da Verdelha; Raul Gomes, do lugar de Queirão e José Afonso, do lugar de Fontes).
Um outro soldado, António José Rodrigues, foi feito prisioneiro de guerra durante a Batalha de La Lys a 9 de Abril de 1918. Durante meses, nada se soube dele permanecendo como um dos milhares de soldados portugueses que tinham desaparecido durante os combates. Apenas em Novembro de 1918, se soube que estava num campo de prisioneiros na Alemanha, tendo sido libertado após o fim da guerra...
Estes foram os padernenses que combateram na 1º Grande Guerra. Honra a estes heróis!
Eles foram:
1 - António Alberto Dias, Soldado
do Batalhão de Infantaria nº 3 (Viana do Castelo), 4.ª Companhia do Corpo
Expedicionário Português (2ª Divisão). Nasceu às sete horas da tarde do dia 11
de Janeiro de 1892, no lugar da Verdelha, freguesia de São Salvador
de Paderne, filho de José Bernardino Dias e de Maria do Carmo Alves. À
época da sua partida para a guerra, encontrava-se casado com Áurea Rebelo desde
7 de Setembro de 1914 e era morador na freguesia de São Paio, concelho de Melgaço.
Embarcou para França integrado no Corpo Expedicionário Português a 22 de Abril
de 1917, onde pertenceu à 4.ª Brigada de Infantaria (Brigada do Minho).
Já
em França, em cenário de guerra, foi punido no dia 16 de Setembro de 1917 pelo
Comandante da Companhia “com 10 dias de
detenção por não apresentar a bolacha de ração de reserva que lhe havia sido
distribuída com a recomendação expressa
de não a comer sem autorização, recomendação esta que lhe foi feita por um
oficial antes da marcha para as trincheiras da 2ª Brigada de Infantaria e na
ocasião da distribuição”.
Faleceu
na primeira linha de trincheiras em resultado de ferimentos em combate em 9
de Outubro de 1917. Os seus restos mortais foram sepultados no Cemitério de Le
Tourette, coval nº 78. Posteriormente, foram trasladados para o Cemitério
Militar Português de Richebourg l`Avoué, Talhão D, Fila 13, Coval 25.
2 - Raul Gomes, soldado do Batalhão de Infantaria nº 3 (Viana do Castelo), 4.ª Companhia do Corpo Expedicionário Português (2ª Divisão). Nasceu às onze horas da noite do dia 27 de Agosto de 1894 no lugar de Queirão, freguesia de São Salvador de Paderne, filho de Manuel Joaquim Gomes e de Luciana Rosa Rodrigues. À data da sua partida para a guerra, encontrava-se solteiro era morador na freguesia de Paderne.
Sepultura de António Alberto Dias no Cemitério Militar Português de Richebourg l`Avoué (França) |
2 - Raul Gomes, soldado do Batalhão de Infantaria nº 3 (Viana do Castelo), 4.ª Companhia do Corpo Expedicionário Português (2ª Divisão). Nasceu às onze horas da noite do dia 27 de Agosto de 1894 no lugar de Queirão, freguesia de São Salvador de Paderne, filho de Manuel Joaquim Gomes e de Luciana Rosa Rodrigues. À data da sua partida para a guerra, encontrava-se solteiro era morador na freguesia de Paderne.
Embarcou
em Lisboa, no Cais de Alcântara, com destino a França, integrado no Corpo
Expedicionário Português a 15 de Abril de 1917, onde pertenceu à Brigada do
Minho.
Já
em França, em cenário de guerra, foi promovido a 2º Cabo em 27 de Agosto desse
ano de 1917. A sua permanência no teatro de operações foi curta. Em 9 de
Outubro desse mesmo ano, foi ferido em combate tendo baixado à ambulância nº 3.
Faleceu nesse mesmo dia, vítima desses ferimentos, sendo o seu corpo sepultado
no cemitério de Vielle Chapelle, coval C13. Posteriormente, os seus restos
mortais foram trasladados para o Cemitério Militar Português de Richebourg l`Avoué,
Talhão A, Fila 13, Coval 3.
|
3 - Manuel António Gonçalves,
Soldado do Batalhão de Infantaria nº 3 (Viana do Castelo), 4ª Brigada do Corpo
Expedicionário Português (2ª Divisão). Nasceu às duas horas da tarde do dia 30
de Março de 1892 no lugar de Crastos, freguesia de São Salvador de Paderne,
filho de António Joaquim Gonçalves, sapateiro (natural da freguesia de
Salamonde, concelho de Vieira do Minho) e de Angelina Augusta Meixeiro (natural
de Paderne). Era neto paterno de Umbelina Rosa Gonçalves, solteira, e materno
de João Maria Meixeiro e Emília da Graça Puga.
À época da partida para a guerra, encontrava-se solteiro e morava no
lugar de Crastos, freguesia de Paderne. Embarcou para França integrado no Corpo
Expedicionário Português a 15 de Abril de 1917.
Já em França, por ordem superior da 4ª Brigada de Infantaria, foi
integrado no Quartel General da Base -
Depósito de Materiais de Bagagens, em 6 de Novembro de 1917. Foi punido
em 6 de Fevereiro de 1918 “pelo Chefe da Secção de Fardamento com 8 dias de
detenção por não responder à chamada para o trabalho na oficina de sapateiro
ontem pelas 14 horas”. Foi novamente punido no dia 14 de Fevereiro de 1918 “pelo Snr. Chefe da Secção com 8 (oito)
dias de detenção por não dedicar na Oficina de Sapateiro toda a sua aptidão…”.
Em 19 de Fevereiro de 1918, ainda se encontrava na secção de fardamentos. Em 11
de Dezembro de 1918, seguiu para as Escolas do Corpo Expedicionário Português “afim de ali prestar serviço da sua
especialidade”.
Sobreviveu
à guerra e embarcou em Cherbourg (França) em 16 de Maio de 1919, juntamente com
o Quartel General 2 com destino a Portugal. Desembarcou em Lisboa, no Cais de
Alcântara, em 19 de Maio. Após a guerra, casou, em 19 de Janeiro de 1921, com
Rosa Joaquina Durães, natural de S. Paio. Viria a falecer em 19 de Fevereiro de
1975, na freguesia de S. Paio (Melgaço).
4 - José Cerqueira Afonso, Soldado
do Batalhão de Infantaria nº 3 (Viana do Castelo), 4.ª Companhia do Corpo
Expedicionário Português (2ª Divisão). Nasceu às cinco horas da manhã dia 14 de
Março de 1892 no lugar de Fontes, lugar da freguesia de São Salvador de Paderne, filho de
Inácio José Afonso e de Maria Cerqueira, ambos lavradores e moradores no lugar
antes citado. Era neto paterno de Maria Joaquina Afonso, solteira, e neto
materno de Manuel Joaquim Cerqueira e Maria Rosa Afonso. À época da sua partida
para a guerra, era casado com Capitolina Afonso e era morador em Paderne. Embarcou
para França integrado no Corpo Expedicionário Português a 22 de Abril de 1917,
onde pertenceu à Brigada do Minho.
Foi
punido no dia 16 de Setembro de 1917 pelo Comandante da Companhia “com 10 dias de detenção por não apresentar
a bolacha da ração de reserva que lhe havia sido distribuída com a recomendação
expressa de a não comer sem autorização, recomendação esta que lhe foi feita
por um oficial antes da marcha para as trincheiras da 2ª Brigada de Infantaria
e na ocasião da sua distribuição”. Foi novamente punido no dia 17 de
Setembro de 1917 pelo Comandante da Companhia “com 6 dias de detenção por ter faltado à 3ª refeição de 16 (dia anterior) sem motivo justificado,
apresentando-se meia hora depois”. Combateu na Batalha de La Lys em 9
de Abril de 1918. Inicialmente, foi dado como desaparecido em combate na dita
batalha mas posteriormente verificou-se que tinha falecido. Provavelmente, o
seu corpo apareceu só mais tarde. Os seus restos mortais encontram-se
sepultados em França, no Cemitério de Richebourg l`Avoué, Talhão C, Fila 10,
Coval 10.
|
5 - Manuel Ferreira, Soldado do Batalhão de Infantaria nº 3 (Viana do
Castelo), 4.ª Companhia do Corpo Expedicionário Português (2ª Divisão). Nasceu
às quatro horas da manhã do dia 24 de Maio de 1893 no lugar de Queirão,
freguesia de São Salvador de Paderne, filho de pai incógnito e de Rosa Ferreira.
Era neto materno de António Manuel Ferreira e Marcelina Pires. À época da sua
partida para a guerra, encontrava-se solteiro e era morador no lugar de
Queirão, na dita freguesia de Paderne.
Embarcou
para França integrado no Corpo Expedicionário Português a 16 de Maio de 1917,
onde pertenceu à Brigada do Minho.
Do
seu percurso militar na guerra, não se conhece praticamente nada. O seu Boletim
Individual encontra-se praticamente “em branco”. Apenas se sabe que sobreviveu
à guerra e desembarcou em Lisboa em 9 de Junho de 1919.
Viria
a falecer em 24 de Janeiro de 1968 na cidade de Lisboa.
6 - António José Rodrigues, Soldado
do Batalhão de Infantaria nº 3 (Viana do Castelo), 4.ª Companhia do Corpo
Expedicionário Português (2ª Divisão). Nasceu em data desconhecida, filho de
José Manuel Rodrigues e Carolina Rosa Rodrigues, natural da freguesia de
Paderne. À época da sua partida para a guerra, encontrava-se solteiro. Embarcou
para França em 15 de Abril de 1917 integrado no Corpo Expedicionário Português,
portador da chapa de identificação nº 49 526. Sobreviveu à guerra. Combateu
na Batalha de La Lys de onde foi dado como desaparecido em combate. No final da
guerra, em Novembro de 1918 e por comunicação da Comissão de Prisioneiros de
Guerra, soube-se que tinha sido feito prisioneiro pelos alemães durante a dita
batalha e levado para o Campo de Prisioneiros de Münster II (Alemanha). O
soldado António José Rodrigues embarcou no navio inglês "Northwest
Miller" em 31 de Janeiro de 1919 e desembarcou em Lisboa de 4 de Fevereiro
de 1919.
7 - António Xavier Nunes, Soldado
do Batalhão de Infantaria nº 29 (Braga), 4.ª Companhia do Corpo Expedicionário
Português (2ª Divisão). Nasceu às quatro da manhã do dia 2 de Maio de 1897 no
lugar da Várzea, na freguesia de Paderne, filho de António Nunes, Guarda
Fiscal, e Rosa Besteiro, lavradeira. À época da sua partida para a guerra,
encontrava-se solteiro e era morador no dito lugar a Várzea, freguesia de
Paderne. Embarcou para França em 22 de Abril de 1917 integrado no Corpo
Expedicionário Português, portador da chapa de identificação nº 47 193,
onde pertenceu à célebre Brigada do Minho. A sua estadia em cenário de guerra
foi bastante curta e de apenas alguns meses. Em sessão de Junta Médica de 13 de
Agosto de 1917, foi julgado incapaz de todo o serviço. Em face de tal decisão,
foi repatriado tendo embarcado em Cherbourg (França) a bordo do cruzador auxiliar “Pedro Nunes” em
9 de Novembro de 1917, tendo desembarcado em Lisboa, no Cais de Alcântara, em
12 de Novembro.
Viria
a falecer no dia 16 de Janeiro de 1955, na freguesia de Miragaia, concelho do
Porto.
8 - Manuel Rodrigues, 2º
Sargento do Batalhão de Infantaria nº 3 (Viana do Castelo), 4.ª Companhia do
Corpo Expedicionário Português (2ª Divisão). Nasceu às dez da manhã do dia 10
de Setembro de 1896 no lugar da Longarinha, na freguesia de Paderne, filho de José
Rodrigues e Custódio Esteves. À época da sua partida para a guerra,
encontrava-se casado com Maria Adelaide da Costa desde 11 de Setembro de 1911 e
era morador em Valença do Minho. Embarcou para França em 15 de Março de 1917
integrado no Corpo Expedicionário Português, portador da chapa de identificação
nº 49 019, onde pertenceu à célebre Brigada do Minho. Conhecemos muito
pouco do seu percurso durante a guerra. Sabemos que esteve de licença durante
30 dias por ordem de serviço do Quartel General do Corpo Expedicionário de 10
de Julho de 1918 “findos os quais deve
ser presente a nova junta médica”. Consta no seu Boletim Individual que foi
“abatido ao efetivo do batalhão em 25 de
Agosto de 1918”.
Sobreviveu
à guerra e embarcou em Cherbourg (França) com destino a Portugal, tendo
desembarcado em Lisboa, no Cais de Alcântara, em 4 de Fevereiro de 1919.
9 - Faustino Esteves, Soldado
do Batalhão de Infantaria nº 3 (Viana do Castelo), 4.ª Companhia do Corpo
Expedicionário Português (2ª Divisão). Nasceu às quatro da manhã do dia 29 de
Julho de 1893 no lugar da Portela, na freguesia de Paderne, filho de José
Joaquim Esteves e Claudina de Castro Araújo, proprietários. À época da sua
partida para a guerra, encontrava-se casado com Rosa da Glória Fernandes desde
2 de Junho de 1913 e era morador na freguesia de Paderne, concelho de Melgaço. Embarcou
no Cais de Alcântara, Lisboa, com destino a França em 15 de Abril de 1917
integrado no Corpo Expedicionário Português, portador da chapa de identificação
nº 49 437, onde pertenceu à célebre Brigada do Minho. Conhecemos muito
pouco do seu percurso durante a guerra. Foi colocado em 20 de Agosto de 1917 no
2º Grupo de Companhias de Pioneiros. Entretanto, em data desconhecida é
promovido a 1º Cabo, posto que detinha em 4 de Setembro de 1917. Em Abril de
1918, ainda se encontrava na mencionada unidade, tendo combatido na Batalha de
La Lys (9 de Abril) fazendo parte do referido 2º Grupo de Pioneiros.
Sobreviveu
à guerra e embarcou em Cherbourg (França) com destino a Portugal, tendo
desembarcado em Lisboa, no Cais de Alcântara, em 20 de Março de 1919.
Viria
a falecer em 4 de Dezembro de 1957, na freguesia de Paderne, concelho de
Melgaço.
10 - Dinis da Silva, Soldado do Batalhão de Infantaria nº 3 (Viana do Castelo), 4.ª
Companhia do Corpo Expedicionário Português (2ª Divisão). Nasceu às dez horas da
noite do dia 16 de Março de 1892 no lugar da Várzea, na freguesia de Paderne,
filho de Ladislau Augusto da Silva e Maria de Jesus Besteiro, lavradores. À
época da sua partida para a guerra, encontrava-se solteiro e era morador na
freguesia de Paderne, concelho de Melgaço. Embarcou no Cais de Alcântara,
Lisboa, com destino a França em 15 de Abril de 1917 integrado no Corpo
Expedicionário Português, portador da chapa de identificação nº 49 468,
onde pertenceu à célebre Brigada do Minho. O seu percurso durante a guerra é
abundante em atos de indisciplina, frequente entre os soldados portugueses
nesta guerra e respetivas punições. Foi punido em 19 de Julho de 1917 “pelo Exmo. Comandante do Batalhão com 1
(um) dia de Prisão Disciplinar por ter faltado a uma formatura…”. Foi
igualmente punido em 12 de Agosto “pelo
Comandante da Companhia com 8 dias de detenção por ter saído da forma sem
autorização quando a companhia se dirigia para local de instrução de noite e ter recolhido ao
quartel da sua companhia…”. Uma terceira punição foi-lhe aplicada em 26 de
Outubro de 1917 “pelo Comandante da
Companhia com 8 (oito) dias de detenção por ter sido incorreto na maneira como
se dirigiu ao 1º sargento da companhia quando este o advertia por uma falta…”.
Foi-lhe aplicada uma outra punição em 15 de Março de 1918 “pelo Comandante da Companhia com 10 dias de detenção porque, tendo-se
ausentado ontem do alojamento da companhia, faltou à formatura que às 18 horas
teve lugar afim desta companhia de entrar como reforço do sub-setor…”. Foi
ainda punido em 29 de Agosto de 1918 “pelo
Comandante do Batalhão com 10 dias de detenção por ter faltado aos trabalhos
deste dia sem motivo justificado”. Por motivo que não aparece descortinado
no seu Boletim Individual, o soldado Dinis da Silva, em 5 de Junho de 1919, seguiu
da Prisão da sua Base para o Porto de Embarque de Cherbourg (França) afim de
ali aguardar julgamento. Sabemos ainda que baixou à ambulância 3 em 8 de Junho
de 1919, tendo tido alta no dia 15, seguindo para o Depósito Disciplinar 1.
Sobreviveu à guerra e embarcou em Cherbourg (França) com destino a
Portugal, juntamente com os soldados do Depósito Disciplinar 1, em 5 de Julho
de 1919, tendo desembarcado em Lisboa, no Cais de Alcântara, em 8 de Julho de
1919.
Após regressar da guerra, casou com Isménia Rosa Afonso no dia 24
de Maio de 1921. Viria a falecer em 29 de Julho de 1970, na freguesia de
Paderne, neste concelho de Melgaço.
11 - Aldemiro Magno Gomes, Soldado do Batalhão de Infantaria nº 3 (Viana do Castelo), 4.ª
Companhia do Corpo Expedicionário Português (2ª Divisão). Nasceu às quatro
horas da tarde do dia 1 de Setembro de 1892 no lugar da Várzea, na freguesia de
Paderne, filho de Constantino José Gomes, guarda fiscal, e Maria de Sousa e
Castro. À época da sua partida para a guerra, encontrava-se casado com Berta
Alves desde 29 de maio de 1916 e era morador na freguesia de Paderne, concelho
de Melgaço. Embarcou no Cais de Alcântara, Lisboa, com destino a França em 15
de Abril de 1917 integrado no Corpo Expedicionário Português, portador da chapa
de identificação nº 49 852, onde pertenceu à célebre Brigada do Minho.
A sua permanência no cenário de guerra foi realtivamente curta.
Foi colocado na 1ª Companhia em 18 de Outubro de 1917. Contudo, em sessão de
junta médica de 22 de Julho de 1918, foi julgado incapaz de todo o serviço e
salienta-se que o soldado não tem condições para “angariar meios de subsistência”.
Sobreviveu à guerra e embarcou em Cherbourg (França) com destino a
Portugal, tendo desembarcado em Lisboa, no Cais de Alcântara, em 28 de Outubro
de 1918.
Viria a falecer em 14 de Dezembro de 1969, na freguesia de
Paderne, neste concelho de Melgaço.
12 - Bernardo Esteves, Soldado do Batalhão de Infantaria nº 3 (Viana do Castelo), 4.ª
Companhia do Corpo Expedicionário Português (2ª Divisão). Nasceu às oito horas
da noite do dia 11 de Março de 1895 no lugar da Golães, na freguesia de
Paderne, filho de José Luís Esteves e Maria do Carmo Rodrigues, lavradores. À
época da sua partida para a guerra, encontrava-se solteiro e era morador na
freguesia de Paderne, concelho de Melgaço. Embarcou no Cais de Alcântara,
Lisboa, com destino a França em 22 de Abril de 1917 integrado no Corpo
Expedicionário Português, portador da chapa de identificação nº 49 846,
onde pertenceu à célebre Brigada do Minho.
A sua permanência em cenário de guerra não foi muito longa. Ficou
ferido num desastre ocorrido em serviço no dia 10 de Agosto de 1917, dia em que
baixou ao Hospital de Sangue nº 1, sendo no mesmo dia evacuado para o Hospital
Geral britânico nº 3. Recebe alta e volta à Base em 2 de Setembro do mesmo ano.
Baixa ao hospital 32 em 1 de Outubro, sendo evacuado no mesmo dia para o
Hospital 54. Baixa de novo à ambulância nº 3 em 9 de Janeiro de 1918, sendo
evacuado para o Hospital de Sangue nº 1 no dia 10. Deu entrada nos hospitais da
Base em 11 de Janeiro de 1918, sendo evacuado para o Depósito de
Convalescentes.
Em sessão de junta médica de 4 de Fevereiro de 1918, reunida na
ambulância 3, foi julgado incapaz de todo o serviço, tendo seguido para o Porto
de Embarque de Cherbourg (França) em 11 de Março, onde embarca com destino a
Portugal. Sobreviveu à guerra, tendo desembarcado em Lisboa, no Cais de
Alcântara, em 18 de Março de 1918.
13 - José Maria Gomes, Soldado Servente do Regimento de Artilharia nº 5, 3º Grupo de
Baterias de Artilharia (6ª Bateria). Nasceu às onze horas da noite do dia 24 de
Outubro de 1892 no lugar do Cabo, na freguesia de Paderne, filho de António caetano Gomes e Maria do Rosário Esteves, lavradores. À época da sua partida
para a guerra, encontrava-se solteiro e era morador na freguesia de Paderne,
concelho de Melgaço. Embarcou no Cais de Alcântara, Lisboa, com destino a
França em 25 de Julho de 1917 integrado no Corpo Expedicionário Português,
portador da chapa de identificação nº 70 854.
Sabemos muito pouco sobre o percurso deste soldado durante o
conflito. Já no cenário de guerra em França, foi transferido para o 3º Grupo de
Baterias de Artilharia em 23 de Agosto de 1917. Contudo, foi condecorado com a
Medalha de Expedição a França em 27 de Fevereiro de 1919.
Sobreviveu à guerra e embarcou em Cherbourg (França) com destino a
Portugal, juntamente com a 4ª Bateria do 3º Grupo de Baterias de Artilharia, em
28 de Março de 1919, tendo desembarcado em Lisboa, no Cais de Alcântara, em 31
de Março de 1919.
Após voltar da guerra, casou com Teresa de Jesus Alves em 8 de
Abril de 1931. Viria a falecer em 13 de Maio de 1975, na freguesia de Paderne, neste
concelho de Melgaço.
14 - Manuel de Jesus, Soldado do 1º Esquadrão de Cavalaria - Escola de Equitação.
Nasceu em data desconhecida no lugar da Várzea, na freguesia de Paderne, filho
de Manuel de Jesus, alfaiate, e de Claudina Rosa Souza, doméstica. À época da
sua partida para a guerra, encontrava-se solteiro e era morador na freguesia de
Paderne, concelho de Melgaço. Embarcou no Cais de Alcântara, Lisboa, com
destino a França em 2 de Julho de 1917 integrado no Corpo Expedicionário
Português, portador da chapa de identificação nº 67 361.
Sabemos pouco sobre o percurso deste soldado durante o conflito. Sabe-se
que foi punido em 10 de Fevereiro de 1919 “pelo
Sr. Comandante do 1º Esquadrão com cinco (5) dias de detenção porque estando de
guarda à cavalariça e de quanto originou pela falta de vigilância que um cavalo
se ferisse…”.
Em junta médica de 20 de Abril de 1918, o soldado Manuel de Jesus
foi julgado incapaz de todo o serviço. Por essa razão, seguiu para o Porto de
Embarque de Cherbourg (França) afim de ser repatriado em 6 de Agosto desse ano.
Sobreviveu à guerra e embarcou em Cherbourg (França) com destino a
Portugal, tendo desembarcado em Lisboa, no Cais de Alcântara, em 25 de Agosto
de 1918.
Agradeco esta divulgação. É com muita honra que leio a vida e a morte destes homens de Paderne. Bem hajam .
ResponderEliminar