- 17 de Dezembro
de 1761 - O inspector Luís da Cunha aponta a necessidade de reconstruir
dois estrados no quartel dos soldados, colocar uma porta nova na barbacã.
Reconstruir as portas de Baixo. Executar novas portas para as entradas a
norte e sul da tenalha e recolocar a cantaria de 2 m de comprimento por 5
m de altura de parapeito. Realizar plataformas de madeira para a
artilharia. Cobrir com telhas os armazéns e o quartel de infantaria em
"miserável estado"; recomendava envernizar as portas novas e as
janelas dos armazéns das armas e da praça e fazer uma porta interior do
paiol com 6 palmos de altura e 4 de largura.
- 1786 - O castelo
estava arruinado ou praticamente destruído.
- Entre 1789 e
1800 - Nova inspecção na praça de Melgaço, descrita como uma obra antiga
com uma torre e uma muralha simples, com alguns baluartes " muito
pequenos, de pouca consideração incapazes de poder jogar a
artilharia" na parte exterior. Os armazéns e os quartéis estavam em
ruína. A fortaleza carecia de função militar.
- 1792 - O rei
proíbe a construção dentro dos fossos e sobre qualquer obra de
fortificação das praças e fortalezas da Província do Minho.
- Fevereiro de
1797 - Inspecção da fortaleza pelo sargento-mor de engenharia M. José da
Serra, que determina que se devem reparar os pavimentos e tectos assim
como reconstruir portas e janelas com ferragens adequadas.
- 15 Junho de 1808
- José Gomes Vilas Boas, sargento maior engenheiro descreve Melgaço como
um pequeno recinto, que cercava parte da vila, com altas muralhas, mas que
o seu terrapleno e parapeito eram tão escassos que mal se poderia manobrar
a artilharia.
- 1810 - Tendo em
conta a defesa de Melgaço, construíram-se baterias em pontos vitais para a
entrada do exército invasor do lado galego: uma em São Gregório, outras na
estrada entre a vila e Ponte das Várzeas, outras foram projectadas mas não
chegaram a ser construídas. As baterias foram executadas com parapeitos de
terra servindo para soldados com armas ligeiras e para peças de
artilharia.
- 23 de Maio de
1840 - A torre de menagem é denominada Torre do Relógio. O castelo estava
circunscrito por um "caminho de piquetes" tendo a este um
hornaveque e a norte algumas obras baixas. No seu interior encontrava-se
um quartel de campanha e um armazém reconvertido também em quartel. O
recinto magistral estava em bom estado. O castelo tinha uma parte da
muralha em ruínas. As portas e os quartéis necessitavam de restauro, o
hornaveque estava em ruínas com casas particulares dentro e fora.
- Meados do século
XIX - Desactivação da tenalha. A muralha mantém o adarve ao qual se acedia
por escadas interiores.
- Segunda metade
do século XIX - Colocação do relógio da Torre.
- 13 de Agosto de
1856 - O Ministério da Guerra manda demolir a tenalha.
- 1857- Segundo
uma planta desta época, parte da zona militar e da sua envolvente servia
para uso agrícola.
- 1859 - Segundo
um plano desta época ainda subsistia a ?couraça nova? que aparece no
desenho de Duarte de Armas, embora agora tivesse uma casa adossada por
fora e três edifícios por dentro.
- 15 de Dezembro
de 1861 - segundo relatório, a povoação não deveria ser sacrificada à
rigidez histórica, pelo que o "recinto magistral" deveria ser
demolido e os seus terrenos e materiais vendidos. Sugere que se deveria
conservar como "livro histórico" a "cidadela",
previamente reparada e destituída na entrada dos edifícios civís. Nesta
época restava ainda um pequeno destacamento com utilização mais policial
que militar.
- 25 de Abril de
1883 - A Câmara Municipal fica a cargo das antigas fortificações da vila
compreendidas entre a porta do lado sul e do lado este , assim como o reduto
que defendia esta última porta. Inicio da demolição da cerca da vila.
- 1900 - Ainda
subsistia parte do muro da vila. O Ministério da Guerra vende as parcelas
de terreno que ainda possuía na fortificação.
- 4 de Abril de 1900 - Comunicação à Câmara Municipal da necessidade de demolir o que restava das muralhas porque os médicos municipais consideram-na uma das principais causas de insalubridade dos bairros circundantes.
Torre de Menagem em 1908
- 5 de Dezembro de
1917 - Oficio do Presidente de Arte e Arqueologia perguntando à Câmara o
motivo da demolição das muralhas sem considerar a resolução da Comissão
dos Monumentos. A Câmara entendeu que a suspensão dos trabalhos de
demolição eram contrários aos interesses do município decidindo informar a
Inspecção-geral de Fortificações e Obras Militares para garantir os seus
direitos.
- 23 de Janeiro de
1918 - Despacho do Ministério da Guerra anulando a venda de lotes.
- 26 de Junho de
1919 - A Câmara decide vender a pedra da muralha da couraça nova. Os
escombros deveriam ser depositados no antigo lavadouro público. O
inspector do Conselho de Arte e Arqueologia pediu informação à Câmara
sobre o plano de melhoras para o castelo.
- 5 de Maio de
1920 - A secretaria de Turismo solicita a constituição de uma comissão
para a "guarda e defesa do castelo".
- 24 de Novembro
de 1920- Graças a um reforço orçamental da Secretaria do Turismo
solicita-se à Câmara o envio da lista de obras a empreender e respectivos
custos.
- 25 de Fevereiro
de 1925 - A Câmara delibera vender a pedra da fundação da muralha da vila.
- 1936 -
Solicitação à Guarda-fiscal para desocupar a parte inferior da torre de
menagem onde guardava barris e tinha aberto uma porta
na fachada lateral direita.
Extraído de: http://www.cieform.org
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