Português
de Melgaço, cavaleiro fidalgo, nascido em 1509, vindo para o Brasil com Tomé de
Sousa, foi sucessivamente almoxarife, escrivão do armazém de mantimentos,
escrivão da Matrícula em 1552, e, finalmente, Provedor da Fazenda da Bahia,
"por estar para casar com uma sobrinha de Rodrigo de Argolo", nomeado
em 19 de fevereiro de 1553 e efetivado em 22 de novembro desse mesmo ano. Em 31
de Novembro de 1555 foi-lhe concedido um alvará de mercê do ofício de Escrivão
do Tesouro, também na Bahia. Havia sido também Procurador da Coroa e Tesoureiro
das Rendas Reais. Ao tempo de D. Duarte da Costa foi preso e degredado, por ter
feito oposição ao governador-geral, guardando as liberdades municipais no
exercício das funções de vereador e de juiz ordinário. Reintegrado nos cargos e
libertado, enviuvou, o que o levou a ingressar em 1560 na Companhia de Jesus,
abandonando toda sua atividade burocrática. Aliás, ainda leigo, já cuidava dos
órfãos do Colégio de Jesus. Já com as ordens sacras, em 1568, era reitor do
Colégio de Pernambuco, onde ficou até 1572. Procurador geral da Companhia de
Jesus em 1573, seguiu com o governador Antônio de Salema para o Rio de Janeiro,
afim de visitar os estabelecimentos jesuíticos do sul. Em 1583 estava em
Portugal, cuidando dos negócios temporais da Companhia, regressando nesse ano
com o Padre Fernão Cardim. Foi Visitador e Provincial, Superior em Pernambuco e
S. Vicente. Enfim, foi um dos homens mais ativos de seu século. Faleceu na
Bahia em 1604, contando 95 anos de idade e 44 de Companhia de Jesus.
FONTES:- DHBN, 36:129/133 e 38:50. - CALMON, Introdução e Notas ao Catálogo de Frei Jaboatão,1:322 - EDISON CARNEIRO, A Cidade do Salvador, 41/43 - SERAFIM LEITE, Hist. da Comp. de Jesus no Brasil, 1:43/44, 460;461 e 576.
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