Castro Laboreiro (Melgaço) |
Recuamos até 1875.
Espanha está em guerra civil, está em curso a terceira guerra carlista.
Frequentemente, guerrilheiros galegos atravessam a fronteira e procuram refúgio
nos montes em Castro Laboreiro. Existe uma forte presença de soldados
portugueses em terras castrejas para evitar a entrada de combatentes galegos em
território português.
Este clima de tensão na
fronteira é falado no Brasil no “Jornal do Commercio” na sua edição de 17 de
Setembro de 1875. No dito periódico, faz-se alusão a uma notícia do jornal
valenciano “O Noticioso” nestes termos:
“O Noticioso de Valença dá a seguinte notícia que
eloquentemente revela qual o espírito do povo na raia portugueza: Fallando-se
ha dias em Castro Laboreiro, que parte dos voluntários galaicos que se tinham
sublevado em Entrimo, estavam dispostos a vir àquela povoação atacar o
destacamento que alli está, e fazer distúrbios, vingando-se deste modo de lhe
haverem prendido um companheiro que vinha para Tuy, de que demos notícias em um
dos números passados, os habitantes daquella povoação trataram de se armar para
coadjuvarem o commandante do destacamento, afim de oppôrem resistência à
passagem dos revoltosos.
“Dizem-nos que era para admirar a coragem dos habitantes
de Castro Laboreiro. Não foram só os homens que se prepararam para o ataque. As
mulheres, com fouces, machados e outros instrumentos bellicos, estavam também
dispostas a entrar em acção. Felizmente, não foi necessário experimentar a
bravura das castrejas, que deram a conhecer que ainda não acabaram as padeiras
de Aljusbarrota, nem as Ignezes Negras, heroínas de Melgaço.”
E pode-se assegurar que em todo o norte do paiz, o
espírito e sentimento popular não destoam do dos habitantes de Castro
Laboreiro.”
Acerca da bravura dos
castrejos e dos castrejos, está tudo dito...
Cabeçalho do "Jornal do Commercio", edição de 17 de Setembro de 1875 |
Que fermosas historias¡¡¡Gosto moito da historia dos lugares.Saúdos.
ResponderEliminar