A freguesia da Gave está localizada no lindíssimo vale do rio
Minho. Estende-se graciosamente em socalcos pelas encostas montanhosas da
serra de Peneda, desde o leito do rio Mouro, até ao alto da Serra, de onde se
obtém uma esplendorosas vista panorâmica.
Lá no alto, estão como testemunhas da extraordinária beleza as Brandas ou
Verandas.
Em Verandas da Aveleira e do Covelo, localidades onde estão muitas moradias de verão, que serviam ao mesmo tempo de casas de veraneio e de região para a pastorícia e agricultura.
Em Verandas da Aveleira e do Covelo, localidades onde estão muitas moradias de verão, que serviam ao mesmo tempo de casas de veraneio e de região para a pastorícia e agricultura.
Do núcleo maior de moradias da freguesia, onde se encontra também, a igreja
paroquial, a antiga escola e a sede da junta, desfruta-se igualmente, das vistas
panorâmicas impossíveis de serem esquecidas, por quem tenha o privilégio de
conhecê-las.
Gave está circundada pelas seguintes freguesias vizinhas: no lado norte, a
partir da outra margem do rio mouro, Cousso. No nascente, Parada do Monte. Do
concelho arcos de Valdevez, as freguesias de Sistelo e da Gavieira são os
limites a sul. Do concelho de Monção, a freguesia de Riba de Mouro está a
demarcar o lado poente.
Gave compõe-se dos seguintes lugares: Baldosa, Listedo, Costa, Sobreira, Lameiro, Chãos, Barroca, Cofares, Ferrão, Pias, Lage, Coelhos, Senhora do Alívio, Igreja, S. Cosme, pombal, Serdeiral, Vale, Prolteiro, Eiriz, Barreiros, Nogueira, Covelo e Aveleira.
Gave compõe-se dos seguintes lugares: Baldosa, Listedo, Costa, Sobreira, Lameiro, Chãos, Barroca, Cofares, Ferrão, Pias, Lage, Coelhos, Senhora do Alívio, Igreja, S. Cosme, pombal, Serdeiral, Vale, Prolteiro, Eiriz, Barreiros, Nogueira, Covelo e Aveleira.
O topónimo Gave pode ter várias origens. Entre algumas possíveis, temos as
seguintes hipóteses de nomes para apreciação: Gave seria segundo a opinião de
alguns autores, uma corrupção de Gavião, ou de Gávea, Gávia, Gábea, Agabre ou
Agrabe. Ou ainda Cávia ou Cávea. Pela proximidade com a Gavieira podia, por
isso, ter também, uma das origens para o nome.
Parece merecer uma boa aceitação, a hipótese do nome Agrabe ou Agabre,
palavra do Latim Grave, que quer dizer ”pesado, custoso, penoso, doloroso”.
Porque, era dificultoso, carregando o que quer que fosse, atingirem-se os locais
desta região.
A antiga freguesia de Santa Maria de Gave, vigairaria do reitor de Riba de
Mouro, no termo de Valadares, pertenceu a este antigo concelho até 24/10/1855
quando passou para o de Melgaço.
A igreja de Gave não se encontra referida na documentação que Avelino Jesus da Costa estudou para fundamentar a história da Comarca Eclesiástica de Valença. Esta omissão está patente quer na relação de 1258 das igrejas de Entre Lima e Minho pertencentes ao arcebispado de Tui, quer nos diversos Censuais do Arcebispado de Braga (1514, 1545, 1551). Só em 1758 e pelas ‘Memórias Paroquiais’ se fica a saber que “Gavia he aldeia e parochia do termo da villa de Valadares, na comarca de Valença” (IANTT, 1758). Em 1798, pelo censo da Província do Minho, Gave tinha 100 fogos e 423 habitantes rendendo 500$000 reis de dízimos para o Abade de Riba de Mouro (Alves, 2000).
A sua igreja paroquial constitui-se como um templo com enquadramento rural, inserido em espaço murado que incorpora adro fronteiro. Desenvolve-se longitudinalmente em planta constituída por nave e capela-mor, à qual se adossou, do lado sul, um corpo pertencente a capela. Coberturas diferenciadas a uma e duas águas.
É construído em alvenaria autoportante de granito aparente, de aparelho irregular e juntas argamassadas.
Fachada principal, voltada a poente, ladeada por robustos cunhais pilastrados, encimados por urnas, que suportam cornija angular com perfil ‘papo de rola’tendo cruz latina no vértice. A porta, axial, apresenta padieira encurvada com moldura em cortina e é encimada por um óculo polilobado que centra o espaço até à cornija. Torre adossada à esquerda da frontaria, num plano ligeiramente recuado, com dois registos separados por cornija e cunhais pilastrados. No último registo, campanário de quatro sineiras com coroamento por cúpula bulbosa rodeada de urnas em cada extremo.
Informções recolhidas em:
CAPELA, J. Viriato (Coord.) - As Freguesias do Concelho de Melgaço nas «Memórias Paroquiais» de 1758. Alto Minho: Memória, História e Património, Ed. C. M. de Melgaço, Melgaço, 2005.
http://acer-pt.org/vmdacer/index.php?option=com_content&task=view&id=254&Itemid=65
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