Estamos perante arquitectura religiosa, seiscentista e setecentista. Igreja paroquial de planta longitudinal composta por nave única e capela-mor, mais baixa e estreita, interiormente com iluminação axial e bilateral. Fachadas rebocadas e pintadas, a principal terminada em empena, e rasgada por portal em arco abatido, com moldura terminada em cornija e chave relevada, encimada por cartela, e janela do mesmo perfil e formando brincos rectos. Fachadas laterais rasgadas por janelas iguais à da frontaria e, na lateral esquerda, por porta travessa do mesmo perfil; a posterior termina em empena.
Trata-se de uma igreja com planta longitudinal composta de nave única e capela-mor, mais baixa e estreita, tendo adossado à fachada lateral esquerda campanário rectangular e sacristia rectangular. Volumes escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na igreja e de três na sacristia. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com embasamento de cantaria, pilastras toscanas nos cunhais, coroadas por fogaréus sobre plintos paralelepipédicos, e terminadas em friso e cornija, sobreposta por beirada simples. Fachada principal virada a O., terminada em empena, rematada por cruz latina de braços quadrangulares rematados em ponta, sobre acrotério; é rasgado por portal em arco abatido, de moldura levemente recortada lateralmente e terminada em cornija, com chave saliente, encimada por cartela oval lisa, e por janela de verga abatida com moldura formando brincos rectos e terminada em cornija.
Percorrendo os registos históricos...
- O ano de 1622 corresponde à data do primeiro registo de baptismos e de óbitos documentado;
- 1623 corresponde à data do primeiro registo de casamentos documentado;
- 1729 é a data inscrita no cruzeiro paroquial existente no adro;
- 1755, 1 Novembro - não sofreu danos de maior durante o violento terramoto;
- 1758, 13 Maio - segundo o padre Gregório Salgado nas Memórias Paroquiais, a freguesia pertencia ao termo de Melgaço, comarca de Valença, arcebispado de Braga e, no secular, era da comarca de Barcelos, da Casa de Bragança; tinha 25 fogos inteiros e 25 meios fogos, 147 pessoas maiores e 11 menores; a igreja, com orago de São João Baptista, ficava no meio do lugar e não tinha naves; tinha o altar-mor com as imagens da Senhora do Rosário, São Miguel e o padroeiro São João Baptista, o altar colateral do Evangelho com a imagem da Senhora da Purificação e São Domingos, e o colateral da Epístola com as imagens de Nossa senhora e Santo António; o pároco era vigário perpétuo ad nutum apresentado pelo abade de São Paio de Melgaço, tendo de rendimento 20 alqueires de pão, 2 alqueires de trigo, 12 potes de vinho e 80 em dinheiro; os fogos inteiros pagavam meio alqueire de pão e um pote de vinho e os meios fogos pagavam um quarto de pão e meio pote de vinho; nesta época existia na freguesia um barco de duas dornas para passar as pessoas de uma margem para a outra no rio Minho;
- séc. XVIII, 2ª metade é a época provável da abertura dos vãos das fachadas.
- http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=15248;
- CAPELA, José Viriato, As freguesias do distrito de Viana do Castelo nas Memórias Paroquiais de 1758, Braga, Casa Museu de Monção / Universidade do Minho, 2005.
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